A leitura feita ao
texto de Silvio P. Costa “Mídias-Educação no contexto escolar;
Mapeamento crítico dos trabalhos realizados nas escolas de
Florianópolis” conduz a reflexão de questões que se fazem
presente em nosso contexto educacional, no que diz respeito ao uso
das mídias. Um ponto citado pelo autor (p. 202) que considera-se
relevante para repensarmos a prática escolar como via ao uso das
mídias como educação é quando este diz que “não há mídia que
não possa ser usada na escola. Entende-se que os professores devem
adequar a prática pedagógica integrando as mídias. É
fundamental a integração de diferentes recursos, como por exemplo:
texto escrito, comunicação oral, a escrita, hipertextual e
multimídia. É preciso reconhecer o potencial do audiovisual no
proceso ensino apredizagem.
Vivemos numa
sociedade onde a cada segundo, milhares de informações são
oferecidas diariamente aos nossos jovens e crianças, configurando
uma nova visão cultural na qual dimensões geográficas, línguas
estrangeiras e encontros com diversos tipos de objetos (Vídeo,
rádio, jornal e internet, celular, etc.) não se tornam empecilhos
para comunicação, exercendo assim, influência constante sobre os
saberes dessa nova geração. Constatando esta influência como
problemática, torna-se função da escola buscar novas estratégias
e novos olhares para tal prática, atendendo as demandas futuras,
tendo de crescer em número e em complexidade, “incorporando”
relevância que possam ter significância no cotidiano dos educandos.
É sabido que
estimular o desenvolvimento intelectual na análise, raciocínio e
solução de problemas, apoiados em ambientes e ferramentas de
colaboração; possibilitar ao educando o desenvolvimento de sua
capacidade de aprender a aprender, estimulando a sua autonomia
através de projetos temáticos, multidisciplinares e
interdisciplinares fundamentados no aprender fazendo, experimentando,
criando, investigando, num processo conjunto de coautoria com os seus
pares; desenvolver a capacidade para utilizar a tecnologia por meio
de uma variedade de mídias para pesquisar (localizar, avaliar e
coletar novas informações), comunicar informações e ideias
(relatar resultados), efetuar registros diversos e dar vazão a
criatividade (na solução de problemas e tomada de decisões);
envolver o aluno por todos os meios possíveis: pela experiência,
pelo som, pela imagem, pela representação/simulação, pela
multimídia, pela interação presencial e virtual são procedimentos
necessários neste novo milênio.
A escola,
portanto, deve cumprir seu papel de formadora do novo cidadão e,
para isso, não dispensar a colaboração que os meios de comunicação
podem dar. O professor deve levar ao aluno a compreender o sentido
implícito e explícito das informações oferecidas pela mídia,
contribuindo para formação de um receptor ativo, seletivo e
autônomo em relação aos sentidos originais das mensagens
midiáticas, reconstruindo seu próprio significado.
Conclui-se
esta reflexão com as palavras de um dos mais importantes
pesquisadores de educação e pedagogia do século XX, Jean Piaget:
A principal meta da
educação é criar homens que sejam capazes de fazer coisas novas,
não simplesmente repetir o que outras gerações já fizeram.
Homens que sejam criadores, inventores, descobridores. A segunda meta
da educação é formar mentes que estejam em condições de
criticar, verificar e não aceitar tudo que a elas se propõe. (Jean
Piaget).
Portanto, para
ter sucesso nessa empreitada, o docente deve recorrer a vários
recursos tecnológicos em sala de aula, integrar o uso das mídias em
suas atividades pedagógicas e ter uma cultura constante de busca, de
pesquisa, de leituras. As políticas públicas educacionais devem
continuar voltando sua atenção para formação de professores e
concentrado esforços nas políticas de formação em serviço ou
continuada com ênfase nas mídias e tecnologias da informação e da
comunicação.
Bibliografia
KENSKI, V. M. O Ensino
e os Recursos Didáticos em uma Sociedade Cheia de Tecnologias. In:
Veiga, I, P. A. (org.) Didática: o ensino e suas relações.
Campinas: Papirus, 127-147.
Sociedade da Informação
no Brasil. Educação na Sociedade da Informação. In: Livro Verde,
cap. 4, set. 2000.
http://www.socinfo.org.br/livro_verde/capitulo_4.htm
MEC - Diretrizes
Curriculares Nacionais para a formação de Professores da Educação
Básica, em nível superior, curso de licenciatura, de graduação
plena. Relatora: Edla de Araújo Lira Soares, Parecer CNE/CP
009/2001, aprovado em 08/05/2001.
Relato de uma
experiência de uso da mídia na educação
Uma
experiência que tem dado certo aqui na escola, é a utilização de
recursos tecnológicos em sala de aula, não que eles substituem os
livros, mas são um recurso a mais para inovar, dinamizar o processo
de ensino aprendizagem. Os alunos gostam de novidades.
Os recursos
que utilizo muito é a TV e o aparelho de DVD, o rádio, data
shou, lousa digital. Mas, semnpre que utilizo esseS recursoS,
tento adequá-los da melhor forma possível, como sendo mais um meio
de aprendizagem, com um objetivo claro do que quero alcançar. O que
fica evidente no texto de Silvio Pereira da Costa, é que muitas
vezes, alguns professores sebem dos recursos tecnológicos que
existem na escola, mas não sabem como utilizá-los, ou utilizam,
mas não tem um objetivo específico do que realmente que atingir no
processo ensino-aprendizagem com os tais recursos. Acredito que a
nossa prática pedagógica só fará a diferença, se trabalharmos
com todos os recursos disponíveis nas nossas escolas, buscando
conhecê-los e utilizarmos com objetivos bem definidos.